Project Description
Ponto de partida: Porto das Pereiras, Reguengo do Alviela;
Fim: Pedregoso
Aproveitando os troços utilizados pelos peregrinos ao longo dos vários períodos da nossa história, quer aqueles baseados nas descrições de Gianbattista Confalonieri (Séc. XVI), quer aqueles que os Peregrinos seguramente utilizaram até aos finais do Séc. XVIII, seguindo então a antiga estrada Real Lisboa-Coimbra. No entanto, é evidente a transformação e alteração do “Caminho” através das Épocas! E porquê? Porque a zona atual dos Campo da Golegã, Azinhaga e Pombalinho deixou de ser constituída por inúmeros pântanos, bunhais e pauis, vindo ainda a sofrer o Rio Tejo alterações do seu curso (daí o “Tejo Velho” e o Tejo Novo”), sendo mais recentemente, no século XX, alvo de alterações ao nível das culturas e plantações, nomeadamente a vinha e o olival, terem sido substituídos por searas de cereais e tomate, registando-se para tal terraplanagens, com desvios de caminhos vicinais, entre outros, subsistindo somente as inundações cíclicas do Almonda, do Alviela e do Tejo.
Logo, o Caminho dos peregrinos a Santiago, dos Séculos XIX, XX e XXI, no território da Golegã, nunca poderia corresponder às descrições de Confalonieri, ficando somente as urbes como o Pombalinho, Azinhaga e Golegã como referência, já que os seus acessos mudaram, como é óbvio, de forma significativa, nomeadamente na Azinhaga, na qual já não passava a Estrada Real, mas sim a cerca de 1km. Assim, o Caminho de Santiago, que os Peregrinos utilizaram nomeadamente em 2013, havia sido delineado, na mais antiga estrada conhecida, a Estrada Real – Alverca de Fernão Leite – Brôa.
Surgiram mais tarde duas alterações, no final de 2013 e no ano de 2016, que se revelaram nefastas, nomeadamente no troço da estrada N. 365, ao Pombalinho, sobretudo pela segurança dos peregrinos, além de direcionar para um caminho mais longo, através das “moitas” até à Ponte do Cação, para “ganharem” a Azinhaga.
Assim, tendo sempre em conta que os peregrinos evitem trilhos demasiadamente longos, cansativos e desnecessários, além de pouco seguros e muito inundáveis, o Percurso baseado no interesse histórico-Cultural, Religioso, Patrimonial e Turístico é o atual.